sábado, 28 de maio de 2011

Aprender o Mundo (Infância)


Apesar de se pensar que os recém-nascidos não vêem nada mais do que uma imagem desfocada, a maior parte das investigações indica que as capacidades dos recém-nascidos são bem mais surpreendentes.
 Se por um lado os olhos dos recém-nascidos têm dificuldades em modificar a forma do cristalino, tornando difícil focar objectos que não estejam a 20cm de distância da face, por outro lado conseguem seguir objectos que se movem dentro do seu campo visual. Eles possuem capacidades rudimentares de percepção da profundidade, dado que reagem levantando as mãos quando se aproxima rapidamente um objecto em direcção à face.
De facto, os bebés recém-nascidos têm a capacidade de discriminar expressões faciais e até mesmo de as imitar, quando estão expostos à expressão facial de adulto contente, triste, ou surpreendido, sendo capazes de produzir boas imitações.
Diversas outras capacidades visuais desenvolvem-se rapidamente após o nascimento. No final do primeiro mês, os bebés conseguem distinguir umas cores de outras, e depois dos 4 meses podem prontamente focar objectos perto ou longe da face. Por volta dos 4 ou 5 meses são capazes de reconhecer objectos a duas ou a três dimensões, e podem fazer uso dos padrões da gestalt.
Para além da visão, as restantes capacidades sensoriais do bebé são deveras impressionantes. Os recém-nascidos conseguem distinguir diferentes sons, de tal forma que, com três dias de vida, são capazes de identificar a voz da sua mãe, sendo também capazes de efectuar distinções linguísticas subtis. Com dois anos de vida, os bebés são capazes de distinguir entre a sua língua materna, estrangeira e conseguem distinguir entre sons semelhantes como ba e pa quando têm apenas 4 dias. Resta ainda acrescentar que eles são capazes de discriminar sabores e cheiros a partir de uma idade precoce.

Sem comentários:

Enviar um comentário